2º Período
A cultura
A cultura é definida como um sistema de atitudes, normas e disposições materiais ou de comportamento, mediante o qual uma sociedade obtém para os seus membros satisfações maiores do que seria possível se vivessem em estado natural. A cultura inclui as instituições sociais, os saberes, as crenças, as artes, os costumes, as tradições e os valores.
Este é um excelente vídeo que explora o conceito de cultura e que nos ajuda de certo modo a abrir novos horizontes pois, através da sua visualização, conseguimos contactar com culturas bem diferentes da nossa, a chamada diversidade cultural.
A diversidade cultural é a existência de diferenças culturais que existem entre o ser humano. A diversidade cultural é algo associado à dinâmica do processo de socialização específico de uma sociedade que possui valores, normas e padrões de comportamento particulares. Pessoas que por algumas razões decidem pautar as suas vidas por normas pré-estabelecidas tendem a esquecer-se das suas próprias idiossincrasias (as pessoas tendem a seguir os modos de ser, pensar, agir e sentir, deixando em suspenso as suas reações individuais: é a diferença entre conformismo público e conformismo privado).
Apresento ainda outro vídeo relacionado com a cultura, à semelhança do anterior. Este pretende divulgar a diversidade cultural existente mundo, tal como a nível de linguagem, de danças, de vestuário, de religião e de outras tradições, dando sempre exemplos e frases célebres pertinentes e é enriquecido com uma compilação de imagens ilustrativas no final.
As crianças selvagens
Os casos que se conhecem de crianças selvagens revestem-se de grande interesse científico. Elas constituem uma espécie de grau zero do desenvolvimento humano, ensinam-nos o que seríamos sem os outros, mostram de forma abrupta a fragilidade da nossa animalidade, revelam a raíz precária da nossa vida humana.
Em termos de linguagem, as crianças selvagens só conhecem a mímica e os sons animais, especialmente os das suas famílias de acolhimento. A sua capacidade para aprender uma língua no seu regresso à sociedade humana é muito variada. Algumas nunca aprendem a falar, outras aprendem algumas palavras, outras ainda aprenderam a falar corretamente o que provavelmente indicia que tinham aprendido a falar antes do isolamento.
Em termos de comportamento, as crianças selvagens exibem o comportamento social das suas famílias adotivas. Não gostam em geral de usar roupa e alimentam-se, bebem e comem tal como um animal o faria. A maioria das crianças selvagens não gostam da companhia humana e percorrem longas distâncias para a evitar. Algumas crianças selvagens não mostram interesse algum noutras crianças da sua idade nem nos jogos que estas jogam. Na medida em que não gostam da companhia humana, procuram a companhia dos animais, particularmente dos animais semelhantes à espécie dos seus pais adotivos. Ao mesmo tempo, também os animais reconhecem estas crianças, aproximando-se delas como não o fariam em relação a outros humanos.
As crianças selvagens não se riem ou choram, apesar de eventualmente poderem desenvolver alguma ligação afetiva. Manifestam pouco ou nenhum controlo emocional e, muitas vezes, têm ataques de raiva podendo então exibir uma força particular e um comportamento claramente selvagem. Algumas crianças têm ataques de ferocidade ocasionais, mordendo ou arranhando outros ou até eles mesmo.
Os vídeos que abaixo apresentarei são um documentário completo sobre Genie, uma das chamadas "crianças selvagens". Genie foi mantida por mais de 10 anos trancada num quarto, totalmente isolada do mundo exterior. Após o seu resgate ela foi objeto de estudo de uma equipa de médicos e psicólogos de uma universidade da Califórnia. Todo o documentário acompanha a trajetória de Genie ao longo dos anos e questiona os métodos aplicados no seu tratamento e estudo. O documentário, embora em menor relevo, também aborda o caso de Victor, outra criança selvagem encontrada na França em 1800, cujo caso foi posteriormente retratado no filme "O Menino Selvagem", de Truffaut (assistido em aula).
Cultura indiana
A sociedade tradicional da Índia está definida como uma hierarquia social relativamente restrita. O sistema de castas descreve a estratificação e as restrições sociais do subcontinente indiano; também definem as classes sociais por grupos endogâmicos hereditários, que a princípio se denominam jatis ou castas. Os valores tradicionais das famílias indianas são muito respeitados e o modelo patriarcal tem sido o mais comum durante séculos, ainda que recentemente a família nuclear se esteja convertendo no modelo seguido pela população que vive na zona urbana. A maioria dos indianos tem os seus casamentos arranjados pelos seus pais e por outros membros da família respeitados, com o consentimento da noiva e do noivo. O matrimónio é planeado para toda a vida e a taxa de divórcio é extremamente baixa. O casamento na infância é ainda uma prática comum, já que metade das mulheres indianas se casa antes dos dezoito anos.
A Índia é um país de cultura diversificada, baseada na religião que cada um adota, mas também um país machista, que discrimina bastante as mulheres.
Apresento agora um vídeo interessantissimo onde estão retratadas as principais características da cultura indiana. Através da visualização deste vídeo podemos conhecer mais acerca da cultura indiana, filosofia de vida, religião e muitos outros aspetos interessantes desta nação.
Cultura do antigo Egipto
A cultura do antigo Egipto é outra das culturas que mais me fascina.
As origens da civilização egípcia datam de 4.000 anos a.C. A população começou-se a concentrar no vale do rio Nilo, formando as primeiras aldeias (nomos), que mais tarde evoluíram para prósperas cidades agrícolas e depois se uniram formando o Alto Egipto (ao sul) e o Baixo Egipto (ao norte). O Egipto sempre dependeu do Nilo para sua formação e seu desenvolvimento. Os seus habitantes travavam uma luta constante para controlar as inundações periódicas desse rio, graças ao qual obtinham também grandes colheitas. Por volta de 3200 a.C., o rei Menés (ou Narmer), do Alto Egipto, conquistou as cidades do Baixo Egipto, unificando todo o império. Floresceu então a cultura egípcia, que deixou como legado grandes invenções, como a moeda, o calendário agrícola, o arado, a escrita hieroglífica e a fabricação do papiro. O seu esplendor manifestou-se em gigantescos templos e pirâmides e revelou-se na filosofia, na arte e nas ciências.
Em seguida,apresento um documentário dividido em duas partes referentes à cultura egípcia, no qual se retratam as suas principais características, desde a arte até à religião, passando como é evidente pela sua história.
As relações interpessoais
Relações interpessoais são todos os contactos entre pessoas. Nesse âmbito encontra-se um infindável número de variáveis como: sujeitos, circunstâncias, espaços, locais, culturas, desenvolvimento tecnológico, educação e época.
As relações interpessoais ocorrem em todos os meios, no meio familiar, educacional, social, institucional, profissional e estão ligadas aos resultados finais de harmonia, avanço e progressos, ou na estagnação, alienação ou alienamento.
Em seguida apresentarei um vídeo que nos ajuda a esclarecer algumas dúvidas acerca das relações interpessoais, mais especificamente no trabalho, e que nos ajuda também a sabermo-nos comportar em determinadas situações, dando-nos conselhos para o conseguirmos com mais sucesso.
O efeito de Pigmaleão
O “Efeito de Pigmaleão”, também chamado efeito Rosenthal, é o nome dado em psicologia ao efeito das nossas expectativas e à nossa perceção da realidade na maneira como nos relacionamos com a mesma, como se realinhássemos a realidade de acordo com as nossas expectativas em relação a ela.
Robert Rosenthal e Lenore Jacobson, destacados psicólogos americanos, realizaram um importante estudo sobre como as expectativas dos professores afetam o desempenho dos alunos. Segundo os autores, professores que têm uma visão positiva dos alunos tendem a estimular o lado bom desses alunos e estes devem obter melhores resultados; inversamente, professores que não têm apreço pelos seus alunos adotam posturas que acabam por comprometer negativamente o desempenho dos educandos.
Para ficarmos a entender melhor o “Efeito de Pigmaleão” sugiro a visualização deste vídeo (já apresentado numa reflexão pessoal, mas considerei importante incluí-lo também neste separador), onde nos explica por outras palavras em que consiste este efeito e nos dá conta de que devemos ser cautelosos com as expectativas que temos em relação aos outros.
As relações de Amizade
O conceito de Amizade é muito amplo e divergente, e por isso não podemos criar uma definição universal para a Amizade. Esta depende de vários fatores e é diferente para cada indivíduo. Somos nós mesmo que devemos tentar descobrir, através das nossas experiências, o que é realmente a amizade, quem são realmente os nossos amigos e até que ponto devemos acreditar em tal. Devemos sempre preservar e cuidar das nossas relações de amizade, sempre com o objetivo de sermos felizes, e tendo em conta os erros que são cometidos, pois não nos podemos esquecer que somo seres humanos e o erro está associado às nossas atividades. Por isso, uma relação de amizade é algo que poderá suplantar e prolongar-se mais do que qualquer outro tipo de relação.
As relações íntimas que uma pessoa partilha são uma fonte de apoio, bondade, suporte e coragem, quando são relações fortes e de longa data, com sentimentos recíprocos e sem segundas intenções, caso contrário podem ser negativas para o desempenho de um indivíduo a qualquer nível. Assim, as relação de amizade que alguém partilha acabam por condicionar, moldar e influenciar a sua personalidade, tanto para melhor como para pior.
Apresento agora um vídeo que nos explica o termo "Amizade" e tudo o que acabei de dizer mas de uma forma mais simples e divertida. Após a visualização deste vídeo sente-se uma enorme necessidade de reflexão pois formula perguntas deveras pertinentes, como por exemplo: "Será que uma pessoa que julgamos nossa amiga é realmente nossa amiga?". Esta é uma questão que exige uma reflexão da parte de cada um.
A Perceção
Perceção é, em psicologia, neurociência e ciências cognitivas, a função cerebral que atribui significado a estímulos sensoriais, a partir do histórico de vivências passadas. Através da perceção um indivíduo organiza e interpreta as suas impressões sensoriais para atribuir significado ao seu meio. Consiste na aquisição, interpretação, seleção e organização das informações obtidas pelos sentidos. A perceção pode ser estudada do ponto de vista estritamente biológico ou fisiológico, envolvendo estímulos elétricos evocados pelos estímulos nos órgãos dos sentidos. Do ponto de vista psicológico ou cognitivo, a perceção envolve também os processos mentais, a memória e outros aspetos que podem influenciar na interpretação dos dados percebidos.
Para percebermos melhor o conceito de perceção apresento o vídeo abaixo que, de uma forma excelente e exclarecedora explica o seu funcionamento e importância para regular as nossas vidas.
Ilusões de ótica
A ilusão é uma confusão dos sentidos que provoca uma distorção da perceção. A ilusão pode ser causada por razões naturais (mudança de ambiente, deformação do ambiente, mudança de clima, etc) ou artificiais (camuflagem, mimetismo, efeitos sonoros, ilusionismo, entre outros). Todos os sentidos podem ser confundidos por ilusões, mas as visuais são mais conhecidas. Uma vez que a perceção é baseada na interpretação dos sentidos, as pessoas podem experimentar ilusões de formas diferentes.
As ilusões de ótica podem surgir naturalmente ou serem criadas por astúcias visuais específicas que demonstram certas hipóteses sobre o funcionamento do sistema visual humano.
Seguidamente apresentarei um vídeo sobre as ilusões de ótica onde também se fala um pouco de história. As ilusões de ótica mostram como o nosso cérebro interpreta as imagens pedaço por pedaço e não como algo único. Algumas imagens são difíceis demais para o nosso cérebro entender, então ele acaba por dar a ilusão do movimento dessas mesmas imagens.
Mas essas ilusões não significam apenas movimento, podem significar também a diferença entre a vida e a morte, tal como ocorreu durante a Primeira Guerra Mundial, quando se usou esse tipo de ilusões nos navios de guerra. Essas ilusões nos cascos dos navios tornavam o alvo difícil de ser atingido pelo inimigo, porque muitas vezes ele não compreendia o que estava vendo e mesmo quando conseguia ver o inimigo, era difícil dizer para que lado se estava movendo e qual a sua velocidade.
Poderemos então ficar a conhecer tudo o que anteriormente foi dito e muito mais (histórias reais, por exemplo) a partir da visualização deste excelente vídeo.
A Aprendizagem
A aprendizagem é o processo pelo qual as competências, habilidades, conhecimentos, comportamento ou valores são adquiridos ou modificados, como resultado de estudo, experiência, formação, raciocínio e observação. Mas a aprendizagem pode ser analisada partir de diferentes perspetivas, de forma que há diferentes teorias de aprendizagem. Aprendizagem é uma das funções mentais mais importantes em humanos e animais e também pode ser aplicada a sistemas artificiais.
Jean-Piaget, um psicólogo, biólogo e epistemológico suiço (estudado no 1º período), também concebeu uma ideia sobre a aprendizagem. O Vídeo que a seguir está apresentado fala-nos então da sua perspetiva sobre a aprendizagem, onde, a partir de experiências com crianças desde o nascimento até a adolescência, Piaget postulou que o conhecimento não é totalmente inerente ao próprio sujeito, como postula o apriorismo, nem provém totalmente do meio que o cerca, como postula o empirismo.
Para Piaget, o conhecimento é construído através da interação do sujeito com seu meio, a partir de estruturas existentes. Assim sendo, a aquisição de conhecimentos depende tanto das estruturas cognitivas do sujeito como da relação dele, sujeito, com o objeto. Tudo isto se encontra explicado de uma forma bem conseguida no vídeo.
A memória
A memória é o fundamento de todos os comportamentos e conhecimentos dos seres humanos, além de se encontrar associada às emoções e à capacidade de decisão: é a memória que assegura a adaptação ao meio ambiente e gera a atribuição subjetiva de significações às nossas vivências.
De modo a enriquecer o nosso conhecimento acerca da memória, sugiro a observação do vídeo abaixo apresentado sobre a memória humana, um sistema bastante complexo que, apesar da sua enorme capacidade e importância, se pode revelar de um momento para outro falível. Trata-se de um sistema magnífico sem o qual não existiria aprendizagem, as relações interpessoais seriam impossíveis e passaríamos a viver um eterno presente. Neste vídeo serão abordados os conceitos mais importantes relacionados com a memória humana, a qual nos é apresentada como falível e, para evitar alguns esquecimentos, são-nos apresentados métodos para existir mais facilidade em nos lembrarmos das coisas, como por exemplo notas em papel.
Quando falamos em Memória certamente nos lembramos de doenças associadas. Podem ser, por exemplo, Amnésias, a doença de Alzheimer, a doença de Parkinson, entre outras.
No vídeo que apresentarei a seguir estará explicado de uma forma bastante correta em que consiste a doença de Parkinson, uma doença progressiva do movimento devido à disfunção dos neurónios secretores de dopamina nos gânglios da base, que controlam e ajustam a transmissão dos comandos conscientes vindos do córtex cerebral para os músculos do corpo humano. Neste vídeo são também apresentados os sintomas mais comuns e dá-nos o exemplo de várias pessoas que sofrem desta doença que que tem que se adaptar a esta vivência, onde se revela a importância e a ajuda da família fundamental numa melhor adaptação.
Como não poderia deixar de ser, o tratamento para esta doença é extrema importância e, por isso, resolvo também apresentar uma reportagem onde se encontram os procedimentos para o tratamento de doentes com Parkinson.